Os futuristas muitas vezes argumentam que é preciso haver um reino milenar após a volta de Cristo, porque há um promessa feita a Davi que nunca foi cumprida, ou seja, a aliança davídica. E isso tem que ser cumprido durante o reinado milenar depois que Jesus voltar. Eles estão se referindo a 2 Samuel 7.

Davi queria construir o templo, porém ele nunca o fez. Seu filho Salomão realmente construiu. As palavras que o profeta Natã deu a Davi são referidas como a aliança davídica porque era uma aliança que Deus fez com Davi. E em 2 Samuel 7:12 temos:

2 Samuel 7:12  - Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de homens. Mas a minha benignidade não se apartará dele; como a tirei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre.

Esta era a promessa: Deus levantaria um da semente de Davi para sentar no seu trono, e teria um reino eterno. Esta era a base da expectativa de que o Messias viria da linhagem de Davi, e que iria sentar-se sobre o trono de Davi. Davi reinou sobre os gentios em seu redor. Os judeus no final do reinado de Davi, a última parte, estavam em paz porque seus inimigos estavam subjugados. Foi o período mais próspero na história de Israel. A idade de ouro da história judaica. Os judeus sempre olharam para frente na base dessa promessa de que Deus iria restaurar Israel para uma idade de ouro sob o Messias, filho de Davi, que seria um segundo Davi.

O dispensacionalista acredita que Deus vai fazer isso. Uma vez que Deus ainda não fez, ele deve estar pensando em fazê-lo quando Jesus voltar. Dizem, também, que quando Jesus veio pela primeira vez, ele não se sentou no trono de Davi, mesmo havendo a promessa, portanto ele deve voltar e fazer isso. E esta idade de ouro, dizem que será associada ao reinado de mil anos.
 
Eu percebo que há alguns problemas nessa passagem. Um deles e o problema principal é o versículo 14, onde se lê:

2 Samuel 7:14 - Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de homens.

Sabemos que Jesus não cometeu iniquidade e, portanto, ele não tem que ser castigado com vara de homens. Ele foi morto, na verdade, pelos pecados dos homens. Provavelmente isto deve ser entendido no sentido de que Jesus foi condenado à morte pelos homens, porque as nossas iniquidades cairam sobre ele. Ele não cometeu nenhuma iniquidade, mas foi-lhe "emprestado" as nossas iniquidades. Ele se tornou culpado de nosso pecado, a Bíblia diz em Isaías 53 versículo 6:


Isaías 53:6
- Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.

Toda a nossa iniquidade foi colocada sobre ele e ele foi tratado como se tivesse feito esses crimes. Isso pra mim resolve o "problema da iniquidade".

Agora, de volta à questão trono. Uma coisa interessante é que a interpretação futurista não pode ser verdade. A razão é que eles pensam que isto será cumprido depois que Jesus voltar. No entanto, a Bíblia ensina que na segunda vinda de Jesus, Ele vai levantar todos os justos mortos, e isso incluiria Davi. E esta profecia diz ainda que o reinado do filho de Davi, terá lugar, enquanto Davi estiver dormindo com seus pais. Ou seja, enquanto Davi estiver morto e em seu túmulo. O verso 12 é muito claro.


2 Samuel 7:12
- Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino.

O texto não diz que será depois de descansar com seus pais. Temos que entender que quando Jesus voltar ele vai ressuscitar os mortos. Isso incluiria Davi. E se Jesus vai estabelecer o Seu reino após sua volta para cumprir essa profecia, então Davi não vai mais estar descansando com seus pais. Viram como esse raciocínio futurista é falho?
Esta profecia foi cumprida, enquanto Davi ainda estava morto, antes da ressurreição, portanto, antes da segunda vinda de Cristo. Mas quando e como? Bem, os apóstolos, que são os intérpretes inspirados do Antigo Testamento, nos dizem como.

Lucas 24:44-45 - E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos. Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras.

Então, agora nós podemos olhar no livro de Atos e ver como eles entenderam o cumprimento da promessa davídica. 


Atos 2:29-34
- Homens irmãos, seja-me lícito dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi, que ele morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura. Sendo, pois, ele profeta, e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono, Nesta previsão, disse da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no inferno, nem a sua carne viu a corrupção. Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio diz:

Assenta-te à minha direita,

Até que ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés.

Saiba, pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo. 


Portanto, que toda a casa de Israel saiba com certeza que Deus fez esse Jesus, a quem vocês crucificaram, Senhor e Cristo.

Pedro diz que Davi sabia que Deus havia prometido que um dos seus descendentes (Davi) sentaria em seu trono e seria o Cristo. Pedro estava falando bem claro para a casa de Israel que Deus fez através de Jesus exatamente o que Ele disse que faria depois de Davi. O que realmente aconteceu na entronização de Cristo à direita de Deus, Pedro interpreta como o cumprimento do que Deus disse a Davi que iria acontecer. É certo que a mão direita de Deus não é o mesmo trono que Davi sentou-se, mas, aparentemente, Pedro não teve nenhum problema em espiritualizar a profecia, e já sabemos por Lucas que Jesus tinha aberto os olhos dos apóstolos para entender as Escrituras.

O apóstolo Paulo também tem algumas ideias sobre isso. Em Atos 13:29, vemos o sermão de Paulo:
 
Atos 13:29-34 - E, havendo eles cumprido todas as coisas que dele estavam escritas, tirando-o do madeiro, o puseram na sepultura; Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos. E ele por muitos dias foi visto pelos que subiram com ele da Galiléia a Jerusalém, e são suas testemunhas para com o povo. E nós vos anunciamos que a promessa que foi feita aos pais, Deus a cumpriu a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus; Como também está escrito no salmo segundo:

Meu filho és tu, hoje te gerei.

E que o ressuscitaria dentre os mortos, para nunca mais tornar à corrupção, disse-o assim: As santas e fiéis bênçãos de Davi vos darei.

Isaías 55:3
- Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, dando-vos as firmes beneficências de Davi.

Observe como Paulo associa todas essas coisas com a ressurreição de Jesus. As fiéis bênçãos de Davi, o cumprimento das promessas feitas a Davi, foram realizadas por Jesus ao ressuscitar dentre os mortos e assentar à direita de Deus. Observe como Paulo está certo disso dizendo no versículo 32 que a promessa que foi feita aos pais, Deus cumpriu.

Paulo e os outros apóstolos não eram os primeiros a reconhecer isso. Em Lucas, capítulo 1 temos:

Lucas 1:31-33 - E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.

Mais tarde, Zacarias profetizou

Lucas 1:67-73 - E Zacarias, seu pai, foi cheio do Espírito Santo, e profetizou, dizendo: Bendito o Senhor Deus de Israel, Porque visitou e remiu o seu povo, E nos levantou uma salvação poderosa Na casa de Davi seu servo. Como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do mundo; Para nos livrar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam; Para manifestar misericórdia a nossos pais, E lembrar-se da sua santa aliança, E do juramento que jurou a Abraão nosso pai,

Tudo isso está associado com o nascimento de Jesus. Portanto, a aliança davídica foi cumprida.

Uma outra profecia do Antigo Testamento que é claramente cumprida no Novo Testamento, para que possamos seguir em frente com plena certeza de que a aliança davídica foi cumprida em Cristo, é Amós 9:11.

Amós 9:11-12 - Naquele dia tornarei a levantar o tabernáculo caído de Davi, e repararei as suas brechas, e tornarei a levantar as suas ruínas, e o edificarei como nos dias da antiguidade; Para que possuam o restante de Edom, e todos os gentios que são chamados pelo meu nome, diz o SENHOR, que faz essas coisas.

(Futuristas pensam que isto seja sobre a reconstrução do templo). Quando Amós escreveu isto o Templo estava de pé, além disso, o tabernáculo não equivale ao templo. O tabernáculo de Davi é uma referência à casa de Davi. A casa de Davi significa a dinastia de Davi. Este é o mesmo tipo da Casa de Davi que Deus disse que construiria em 2 Samuel 7 e na verdade foi cumprida 20 gerações depois de Davi. No entanto, a casa de Davi não compartilha o caráter de Davi. Seus descendentes, os reis da sua dinastia, eram corruptos, quase todos eles; e Deus não tinha nenhum respeito por eles. E Amós está realmente falando desta corrupção. Uma casa caiu. Mas Ele diz que nos últimos dias ele iria restabelecer a casa de Davi, pois haveria um novo rei digno desse título. E ele menciona que os gentios seriam subjugados por esse novo rei.

Deixe-me esclarecer como os apóstolos compreenderam isso. Em Atos 15, no concílio de Jerusalém, os apóstolos estavam discutindo se um gentio, para ser salvo, deveria se tornar judeu. No decurso do seu debate, Tiago fez uma observação muito significativa. Atos 15:13.

Atos 15:13-17 - E, havendo-se eles calado, tomou Tiago a palavra, dizendo: Homens irmãos, ouvi-me: Simão relatou como primeiramente Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome. E com isto concordam as palavras dos profetas; como está escrito: Depois disto voltarei, E reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído, Levantá-lo-ei das suas ruínas, E tornarei a edificá-lo. Para que o restante dos homens busque ao Senhor, E todos os gentios, sobre os quais o meu nome é invocado, Diz o Senhor, que faz todas estas coisas,

O que Tiago está dizendo é que esta profecia sobre judeus e gentios se realiza no que somos dentro do reino e governo de Jesus. Eles sempre assumiram que, a entronização de Jesus à direita do Pai é o cumprimento dessa promessa sobre o reino davídico.
 
Traduzido por Daniel Plautz

O Trono de Davi

Os futuristas muitas vezes argumentam que é preciso haver um reino milenar após a volta de Cristo, porque há um promessa feita a Davi que nunca foi cumprida, ou seja, a aliança davídica. E isso tem que ser cumprido durante o reinado milenar depois que Jesus voltar. Eles estão se referindo a 2 Samuel 7.

Davi queria construir o templo, porém ele nunca o fez. Seu filho Salomão realmente construiu. As palavras que o profeta Natã deu a Davi são referidas como a aliança davídica porque era uma aliança que Deus fez com Davi. E em 2 Samuel 7:12 temos:

2 Samuel 7:12  - Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de homens. Mas a minha benignidade não se apartará dele; como a tirei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre.

Esta era a promessa: Deus levantaria um da semente de Davi para sentar no seu trono, e teria um reino eterno. Esta era a base da expectativa de que o Messias viria da linhagem de Davi, e que iria sentar-se sobre o trono de Davi. Davi reinou sobre os gentios em seu redor. Os judeus no final do reinado de Davi, a última parte, estavam em paz porque seus inimigos estavam subjugados. Foi o período mais próspero na história de Israel. A idade de ouro da história judaica. Os judeus sempre olharam para frente na base dessa promessa de que Deus iria restaurar Israel para uma idade de ouro sob o Messias, filho de Davi, que seria um segundo Davi.

O dispensacionalista acredita que Deus vai fazer isso. Uma vez que Deus ainda não fez, ele deve estar pensando em fazê-lo quando Jesus voltar. Dizem, também, que quando Jesus veio pela primeira vez, ele não se sentou no trono de Davi, mesmo havendo a promessa, portanto ele deve voltar e fazer isso. E esta idade de ouro, dizem que será associada ao reinado de mil anos.
 
Eu percebo que há alguns problemas nessa passagem. Um deles e o problema principal é o versículo 14, onde se lê:

2 Samuel 7:14 - Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de homens.

Sabemos que Jesus não cometeu iniquidade e, portanto, ele não tem que ser castigado com vara de homens. Ele foi morto, na verdade, pelos pecados dos homens. Provavelmente isto deve ser entendido no sentido de que Jesus foi condenado à morte pelos homens, porque as nossas iniquidades cairam sobre ele. Ele não cometeu nenhuma iniquidade, mas foi-lhe "emprestado" as nossas iniquidades. Ele se tornou culpado de nosso pecado, a Bíblia diz em Isaías 53 versículo 6:


Isaías 53:6
- Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.

Toda a nossa iniquidade foi colocada sobre ele e ele foi tratado como se tivesse feito esses crimes. Isso pra mim resolve o "problema da iniquidade".

Agora, de volta à questão trono. Uma coisa interessante é que a interpretação futurista não pode ser verdade. A razão é que eles pensam que isto será cumprido depois que Jesus voltar. No entanto, a Bíblia ensina que na segunda vinda de Jesus, Ele vai levantar todos os justos mortos, e isso incluiria Davi. E esta profecia diz ainda que o reinado do filho de Davi, terá lugar, enquanto Davi estiver dormindo com seus pais. Ou seja, enquanto Davi estiver morto e em seu túmulo. O verso 12 é muito claro.


2 Samuel 7:12
- Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino.

O texto não diz que será depois de descansar com seus pais. Temos que entender que quando Jesus voltar ele vai ressuscitar os mortos. Isso incluiria Davi. E se Jesus vai estabelecer o Seu reino após sua volta para cumprir essa profecia, então Davi não vai mais estar descansando com seus pais. Viram como esse raciocínio futurista é falho?
Esta profecia foi cumprida, enquanto Davi ainda estava morto, antes da ressurreição, portanto, antes da segunda vinda de Cristo. Mas quando e como? Bem, os apóstolos, que são os intérpretes inspirados do Antigo Testamento, nos dizem como.

Lucas 24:44-45 - E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos. Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras.

Então, agora nós podemos olhar no livro de Atos e ver como eles entenderam o cumprimento da promessa davídica. 


Atos 2:29-34
- Homens irmãos, seja-me lícito dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi, que ele morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura. Sendo, pois, ele profeta, e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono, Nesta previsão, disse da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no inferno, nem a sua carne viu a corrupção. Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio diz:

Assenta-te à minha direita,

Até que ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés.

Saiba, pois com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo. 


Portanto, que toda a casa de Israel saiba com certeza que Deus fez esse Jesus, a quem vocês crucificaram, Senhor e Cristo.

Pedro diz que Davi sabia que Deus havia prometido que um dos seus descendentes (Davi) sentaria em seu trono e seria o Cristo. Pedro estava falando bem claro para a casa de Israel que Deus fez através de Jesus exatamente o que Ele disse que faria depois de Davi. O que realmente aconteceu na entronização de Cristo à direita de Deus, Pedro interpreta como o cumprimento do que Deus disse a Davi que iria acontecer. É certo que a mão direita de Deus não é o mesmo trono que Davi sentou-se, mas, aparentemente, Pedro não teve nenhum problema em espiritualizar a profecia, e já sabemos por Lucas que Jesus tinha aberto os olhos dos apóstolos para entender as Escrituras.

O apóstolo Paulo também tem algumas ideias sobre isso. Em Atos 13:29, vemos o sermão de Paulo:
 
Atos 13:29-34 - E, havendo eles cumprido todas as coisas que dele estavam escritas, tirando-o do madeiro, o puseram na sepultura; Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos. E ele por muitos dias foi visto pelos que subiram com ele da Galiléia a Jerusalém, e são suas testemunhas para com o povo. E nós vos anunciamos que a promessa que foi feita aos pais, Deus a cumpriu a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus; Como também está escrito no salmo segundo:

Meu filho és tu, hoje te gerei.

E que o ressuscitaria dentre os mortos, para nunca mais tornar à corrupção, disse-o assim: As santas e fiéis bênçãos de Davi vos darei.

Isaías 55:3
- Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, dando-vos as firmes beneficências de Davi.

Observe como Paulo associa todas essas coisas com a ressurreição de Jesus. As fiéis bênçãos de Davi, o cumprimento das promessas feitas a Davi, foram realizadas por Jesus ao ressuscitar dentre os mortos e assentar à direita de Deus. Observe como Paulo está certo disso dizendo no versículo 32 que a promessa que foi feita aos pais, Deus cumpriu.

Paulo e os outros apóstolos não eram os primeiros a reconhecer isso. Em Lucas, capítulo 1 temos:

Lucas 1:31-33 - E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.

Mais tarde, Zacarias profetizou

Lucas 1:67-73 - E Zacarias, seu pai, foi cheio do Espírito Santo, e profetizou, dizendo: Bendito o Senhor Deus de Israel, Porque visitou e remiu o seu povo, E nos levantou uma salvação poderosa Na casa de Davi seu servo. Como falou pela boca dos seus santos profetas, desde o princípio do mundo; Para nos livrar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam; Para manifestar misericórdia a nossos pais, E lembrar-se da sua santa aliança, E do juramento que jurou a Abraão nosso pai,

Tudo isso está associado com o nascimento de Jesus. Portanto, a aliança davídica foi cumprida.

Uma outra profecia do Antigo Testamento que é claramente cumprida no Novo Testamento, para que possamos seguir em frente com plena certeza de que a aliança davídica foi cumprida em Cristo, é Amós 9:11.

Amós 9:11-12 - Naquele dia tornarei a levantar o tabernáculo caído de Davi, e repararei as suas brechas, e tornarei a levantar as suas ruínas, e o edificarei como nos dias da antiguidade; Para que possuam o restante de Edom, e todos os gentios que são chamados pelo meu nome, diz o SENHOR, que faz essas coisas.

(Futuristas pensam que isto seja sobre a reconstrução do templo). Quando Amós escreveu isto o Templo estava de pé, além disso, o tabernáculo não equivale ao templo. O tabernáculo de Davi é uma referência à casa de Davi. A casa de Davi significa a dinastia de Davi. Este é o mesmo tipo da Casa de Davi que Deus disse que construiria em 2 Samuel 7 e na verdade foi cumprida 20 gerações depois de Davi. No entanto, a casa de Davi não compartilha o caráter de Davi. Seus descendentes, os reis da sua dinastia, eram corruptos, quase todos eles; e Deus não tinha nenhum respeito por eles. E Amós está realmente falando desta corrupção. Uma casa caiu. Mas Ele diz que nos últimos dias ele iria restabelecer a casa de Davi, pois haveria um novo rei digno desse título. E ele menciona que os gentios seriam subjugados por esse novo rei.

Deixe-me esclarecer como os apóstolos compreenderam isso. Em Atos 15, no concílio de Jerusalém, os apóstolos estavam discutindo se um gentio, para ser salvo, deveria se tornar judeu. No decurso do seu debate, Tiago fez uma observação muito significativa. Atos 15:13.

Atos 15:13-17 - E, havendo-se eles calado, tomou Tiago a palavra, dizendo: Homens irmãos, ouvi-me: Simão relatou como primeiramente Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome. E com isto concordam as palavras dos profetas; como está escrito: Depois disto voltarei, E reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído, Levantá-lo-ei das suas ruínas, E tornarei a edificá-lo. Para que o restante dos homens busque ao Senhor, E todos os gentios, sobre os quais o meu nome é invocado, Diz o Senhor, que faz todas estas coisas,

O que Tiago está dizendo é que esta profecia sobre judeus e gentios se realiza no que somos dentro do reino e governo de Jesus. Eles sempre assumiram que, a entronização de Jesus à direita do Pai é o cumprimento dessa promessa sobre o reino davídico.
 
Traduzido por Daniel Plautz
Parece haver bastante confusão em relação ao reino eterno de Deus. Jesus disse que a razão dos Saduceus não compreenderem a natureza da ressurreição era a falta de conhecimento das escrituras e do poder de Deus. Pedro disse em 2 Pedro 3 que alguns tinham dificuldade na compreensão da remoção do velho céu e da velha terra, e da vinda do novo céu e da nova terra. Quando alguém negligencia deliberadamente o estudo da palavra de Deus, obviamente não vai chegar à verdade.

Daniel 2:44 - Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; nem passará a soberania deste reino a outro povo; mas esmiuçará e consumirá todos esses reinos, e subsistirá para sempre.

Em Daniel 7:13-14, Daniel afirma: 

Daniel 7:13-14 – Eu estava olhando nas minhas visões noturnas, e eis que vinha com as nuvens do céu um como filho de homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e foi apresentado diante dele. E foi-lhe dado domínio, e glória, e um reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído.

O sonho de Nabucodonosor e a visão de Daniel não indicam dois diferentes reinos eternos, mas referem-se ao mesmo reino. Isaías também se refere a este reino em Isaías 2:1-2:

Isaías 2:1-2 - A visão que teve Isaías, filho de Amoz, a respeito de Judá e de Jerusalém. Acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor, será estabelecido como o mais alto dos montes e se elevará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações.

Então, em Lucas 1:31-33, o anjo disse a Maria:

Lucas 1:31-33 - Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria; pois achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai; e reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.

Todas essas profecias se referem a esse reino eterno. Provavelmente uma das razões para tantas idéias diferentes sobre o reino e o tempo de sua criação é a respeito da sua natureza espiritual. Em 1 Coríntios 2:13-14, Paulo disse:

1 Coríntios 2:13-14 – As quais também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito Santo, comparando coisas espirituais com espirituais. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.

Os judeus rejeitaram Jesus como o Messias porque ansiavam um rei e um reino físico. Os saduceus em Mateus 22 cometiam o erro de compreensão da ressurreição, porque eles só pensavam em termos físicos. Nicodemos teve problemas com a declaração de Jesus de que para entrar no reino de Deus era preciso nascer de novo. Nicodemos pensava apenas em termos físico, mas Jesus indicou que se tratava de um renascimento espiritual. Por favor, note que o escritor não está dizendo que não havia obediência física envolvida. Jesus disse nascer da água e do espírito. 1 Pedro 3:21 diz:

1 Pedro 3:21 - Que também agora, por uma verdadeira figura-o batismo, vos salva, o qual não é o despojamento da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo,

Jesus disse que esse renascimento é uma obrigação para entrar no reino. Enquanto o homem só pensar em termos físicos, ele não pode compreender a natureza do reino eterno, e, portanto, atrairá muitas conclusões erradas sobre o cumprimento das profecias sobre esse reino. Se o reino de Cristo é espiritual, então a primeiro pensamento deve ser espiritual. Jesus disse a Pilatos em João 18:36-37:

João 18:36-37 – Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; entretanto o meu reino não é daqui. Perguntou-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.

É bastante óbvio que Jesus estava indicando que seu reino era espiritual e não físico. Em Lucas 17:20-21, quando perguntado quando o reino viria, Jesus respondeu:

Lucas 17:20-21 – Sendo Jesus interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, respondeu-lhes: O reino de Deus não vem com aparência exterior; nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Ei-lo ali! pois o reino de Deus está dentro de vós.

Certa vez, tendo sido interrogado pelos fariseus sobre quando viria o Reino de Deus, Jesus respondeu: O Reino de Deus não vem de modo visível, nem se dirá: Aqui está ele, ou Lá está; porque o Reino de Deus está entre vocês.

Paulo em 1 Coríntios 15:50 diz que nem a carne e nem o sangue podem herdar o reino de Deus. Com um conceito adequado da natureza do reino, o tempo não é tão complicado. Todas as objeções de aceitar as declarações de tempo são claramente feitas com base em certos acontecimentos que não tenham acontecido fisicamente. Haviam algumas coisas físicas que estavam previstas para acontecer, e que aconteceram, mas se enxergarmos tudo de uma forma física, então cairemos no mesmo dilema que Nicodemos. Em Hebreus 12:18-29 o escritor compara a Vinda do Sistema da Lei, Antigo Pacto, o Reino israelita no Monte Sinai, com a Vinda do Sistema da Nova Aliança, e para a cidade celestial (espiritual) no Monte Sião. Os versículos dizem:

Hebreus 12:27-28 – As palavras ainda uma vez anunciam o desaparecimento de tudo o que participa da instabilidade do mundo criado, a fim de que subsista o que é inabalável. Visto que recebemos um reino inabalável, guardemos bem esta graça. Por ela, sirvamos a Deus de modo que lhe seja agradável, com submissão e temor.

O Versículo 27 diz que as coisas que podem ser abaladas, serão removidas, e o que não pode ser abalado (o reino espiritual) permanecerá. Uma vez que o escritor está comparando o sistema antigo e tudo o que está envolvido, o templo e sacerdócio, etc, com o novo sistema com o templo espiritual, sacerdócio, etc, seria ilógico esperar uma observação física. Pode-se ver que o templo foi destruído e o sacerdócio removido em 70 DC. Se você realmente acredita em Deus, você pode ter certeza de que Cristo veio em seu reino eterno. Caso contrário, Deus deixou o seu povo, sem uma casa. (Veja 2 Coríntios 5:1-8). Há muitas coisas que são aceitas pela fé. Não se pode ver fisicamente o perdão dos pecados, mas com a obediência física, pode se estar assegurado pela fé que Deus perdoou. Agora olhe para as declarações de tempo. Em Daniel 2:44, Daniel disse: Nos dias destes reis, o Deus do céu estabelecerá um reino. Ao interpretar o sonho, ele diz que Nabucodonosor foi o primeiro dos quatro reinos. O reino eterno deveria ser criado nos dias dos reis do quarto reino.

A maioria concorda que isto ocorreu nos dias do império romano. Agora o que Isaías escreveu:

Acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor, será estabelecido como o mais alto dos montes e se elevará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações. (Isaías 2:2).

Que Últimos Dias? No versículo 1 ele disse que era a palavra que Isaías viu a respeito de Judá e de Jerusalém. Em Isaías 65:17-18 Deus revela:

Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão: Mas alegrai-vos e regozijai-vos perpetuamente no que eu crio; porque crio para Jerusalém motivo de exultação e para o seu povo motivo de gozo.

Lembra-se de Hebreus 12:18-29, onde o sistema que surgiu no Monte Sinai (Judá e Jerusalém) estava prestes a ser substituído pelo novo Sistema Espiritual, a Jerusalém Celestial? Assim seria nos últimos dias do antigo que o novo seria estabelecido. Agora, para ser um pouco mais específico, olhe para os escritores do Novo Testamento. Jesus disse em Mateus 16:28: Em verdade vos digo que alguns dos que aqui estão não provarão a morte até que vejam o Filho do Homem vindo em seu Reino." Alguns podem dizer que foi no dia de Pentecostes, no entanto Jesus não veio em seu reino no dia de Pentecostes. Pedro disse no sermão de Atos 2 que Pentecostes era o cumprimento da profecia de Joel a respeito de Deus derramando Seu Espírito antes desse grande e glorioso dia. É também o cumprimento da promessa de Jesus de enviar o Consolador, o Espírito Santo, para orientá-los em toda a verdade e também dar-lhes poder para serem testemunhas dele. Jesus disse:

Mateus 25:31-34 – Quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória. E serão reunidas em sua presença todas as nações e ele separará os homens uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, e porá as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então dirá o rei aos que estiverem à sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai, recebei por herança o Reino preparado para vós desde a fundação do mundo.

Quando Jesus disse que ele viria em sua glória com seus anjos? Olhe para Mateus 24:29-34. Jesus disse:

Mateus 24:29-34 – Logo após a tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem e todas as tribos da terra baterão no peito e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e grande glória. Ele enviará os seus anjos que, ao som da grande trombeta, reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma extremidade até a outra extremidade do céu. Aprendei da figueira esta parábola: quando o seu ramo se torna tenro e as suas folhas começam a brotar, sabeis que o verão está próximo. Da mesma forma também vós, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo, às portas. Em verdade vos digo que esta geração não passará sem que tudo isso aconteça.

Jesus deu duas pistas. Era para ser imediatamente após a tribulação e antes que aquela geração passasse. A tribulação é o que ocorreu na destruição de Jerusalém em 70 DC. Jesus disse que antes alguns deles morreriam, e que após a tribulação Ele estava vindo em seu reino com os seus anjos, ele dividiria os bons dos maus de todas as nações, e os fiéis herdariam o reino eterno. No Apocalipse, João vê as coisas que brevemente devem acontecer no primeiro século. No capítulo 11 versículo 15, ele diz: E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos. Cristo veio em Seu reino eterno e espiritual nos dias daqueles reis, nos últimos dias de Judá e Jerusalém, imediatamente após a tribulação daqueles dias, (referindo-se ao cerco e a destruição de Jerusalém), antes que aquela geração passasse, e antes que alguns dos discípulos morressem. Aqueles que verdadeiramente creem Nele têm a vida eterna e se continuarem a acreditar, nunca morrerão. (João 11:25-26).

Autor: Don K. Preston - dkpret@cableone.net
Tradução: Daniel Plautz

O Reino Eterno

Parece haver bastante confusão em relação ao reino eterno de Deus. Jesus disse que a razão dos Saduceus não compreenderem a natureza da ressurreição era a falta de conhecimento das escrituras e do poder de Deus. Pedro disse em 2 Pedro 3 que alguns tinham dificuldade na compreensão da remoção do velho céu e da velha terra, e da vinda do novo céu e da nova terra. Quando alguém negligencia deliberadamente o estudo da palavra de Deus, obviamente não vai chegar à verdade.

Daniel 2:44 - Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; nem passará a soberania deste reino a outro povo; mas esmiuçará e consumirá todos esses reinos, e subsistirá para sempre.

Em Daniel 7:13-14, Daniel afirma: 

Daniel 7:13-14 – Eu estava olhando nas minhas visões noturnas, e eis que vinha com as nuvens do céu um como filho de homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e foi apresentado diante dele. E foi-lhe dado domínio, e glória, e um reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído.

O sonho de Nabucodonosor e a visão de Daniel não indicam dois diferentes reinos eternos, mas referem-se ao mesmo reino. Isaías também se refere a este reino em Isaías 2:1-2:

Isaías 2:1-2 - A visão que teve Isaías, filho de Amoz, a respeito de Judá e de Jerusalém. Acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor, será estabelecido como o mais alto dos montes e se elevará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações.

Então, em Lucas 1:31-33, o anjo disse a Maria:

Lucas 1:31-33 - Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria; pois achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai; e reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.

Todas essas profecias se referem a esse reino eterno. Provavelmente uma das razões para tantas idéias diferentes sobre o reino e o tempo de sua criação é a respeito da sua natureza espiritual. Em 1 Coríntios 2:13-14, Paulo disse:

1 Coríntios 2:13-14 – As quais também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito Santo, comparando coisas espirituais com espirituais. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.

Os judeus rejeitaram Jesus como o Messias porque ansiavam um rei e um reino físico. Os saduceus em Mateus 22 cometiam o erro de compreensão da ressurreição, porque eles só pensavam em termos físicos. Nicodemos teve problemas com a declaração de Jesus de que para entrar no reino de Deus era preciso nascer de novo. Nicodemos pensava apenas em termos físico, mas Jesus indicou que se tratava de um renascimento espiritual. Por favor, note que o escritor não está dizendo que não havia obediência física envolvida. Jesus disse nascer da água e do espírito. 1 Pedro 3:21 diz:

1 Pedro 3:21 - Que também agora, por uma verdadeira figura-o batismo, vos salva, o qual não é o despojamento da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo,

Jesus disse que esse renascimento é uma obrigação para entrar no reino. Enquanto o homem só pensar em termos físicos, ele não pode compreender a natureza do reino eterno, e, portanto, atrairá muitas conclusões erradas sobre o cumprimento das profecias sobre esse reino. Se o reino de Cristo é espiritual, então a primeiro pensamento deve ser espiritual. Jesus disse a Pilatos em João 18:36-37:

João 18:36-37 – Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; entretanto o meu reino não é daqui. Perguntou-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.

É bastante óbvio que Jesus estava indicando que seu reino era espiritual e não físico. Em Lucas 17:20-21, quando perguntado quando o reino viria, Jesus respondeu:

Lucas 17:20-21 – Sendo Jesus interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, respondeu-lhes: O reino de Deus não vem com aparência exterior; nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Ei-lo ali! pois o reino de Deus está dentro de vós.

Certa vez, tendo sido interrogado pelos fariseus sobre quando viria o Reino de Deus, Jesus respondeu: O Reino de Deus não vem de modo visível, nem se dirá: Aqui está ele, ou Lá está; porque o Reino de Deus está entre vocês.

Paulo em 1 Coríntios 15:50 diz que nem a carne e nem o sangue podem herdar o reino de Deus. Com um conceito adequado da natureza do reino, o tempo não é tão complicado. Todas as objeções de aceitar as declarações de tempo são claramente feitas com base em certos acontecimentos que não tenham acontecido fisicamente. Haviam algumas coisas físicas que estavam previstas para acontecer, e que aconteceram, mas se enxergarmos tudo de uma forma física, então cairemos no mesmo dilema que Nicodemos. Em Hebreus 12:18-29 o escritor compara a Vinda do Sistema da Lei, Antigo Pacto, o Reino israelita no Monte Sinai, com a Vinda do Sistema da Nova Aliança, e para a cidade celestial (espiritual) no Monte Sião. Os versículos dizem:

Hebreus 12:27-28 – As palavras ainda uma vez anunciam o desaparecimento de tudo o que participa da instabilidade do mundo criado, a fim de que subsista o que é inabalável. Visto que recebemos um reino inabalável, guardemos bem esta graça. Por ela, sirvamos a Deus de modo que lhe seja agradável, com submissão e temor.

O Versículo 27 diz que as coisas que podem ser abaladas, serão removidas, e o que não pode ser abalado (o reino espiritual) permanecerá. Uma vez que o escritor está comparando o sistema antigo e tudo o que está envolvido, o templo e sacerdócio, etc, com o novo sistema com o templo espiritual, sacerdócio, etc, seria ilógico esperar uma observação física. Pode-se ver que o templo foi destruído e o sacerdócio removido em 70 DC. Se você realmente acredita em Deus, você pode ter certeza de que Cristo veio em seu reino eterno. Caso contrário, Deus deixou o seu povo, sem uma casa. (Veja 2 Coríntios 5:1-8). Há muitas coisas que são aceitas pela fé. Não se pode ver fisicamente o perdão dos pecados, mas com a obediência física, pode se estar assegurado pela fé que Deus perdoou. Agora olhe para as declarações de tempo. Em Daniel 2:44, Daniel disse: Nos dias destes reis, o Deus do céu estabelecerá um reino. Ao interpretar o sonho, ele diz que Nabucodonosor foi o primeiro dos quatro reinos. O reino eterno deveria ser criado nos dias dos reis do quarto reino.

A maioria concorda que isto ocorreu nos dias do império romano. Agora o que Isaías escreveu:

Acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor, será estabelecido como o mais alto dos montes e se elevará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações. (Isaías 2:2).

Que Últimos Dias? No versículo 1 ele disse que era a palavra que Isaías viu a respeito de Judá e de Jerusalém. Em Isaías 65:17-18 Deus revela:

Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão: Mas alegrai-vos e regozijai-vos perpetuamente no que eu crio; porque crio para Jerusalém motivo de exultação e para o seu povo motivo de gozo.

Lembra-se de Hebreus 12:18-29, onde o sistema que surgiu no Monte Sinai (Judá e Jerusalém) estava prestes a ser substituído pelo novo Sistema Espiritual, a Jerusalém Celestial? Assim seria nos últimos dias do antigo que o novo seria estabelecido. Agora, para ser um pouco mais específico, olhe para os escritores do Novo Testamento. Jesus disse em Mateus 16:28: Em verdade vos digo que alguns dos que aqui estão não provarão a morte até que vejam o Filho do Homem vindo em seu Reino." Alguns podem dizer que foi no dia de Pentecostes, no entanto Jesus não veio em seu reino no dia de Pentecostes. Pedro disse no sermão de Atos 2 que Pentecostes era o cumprimento da profecia de Joel a respeito de Deus derramando Seu Espírito antes desse grande e glorioso dia. É também o cumprimento da promessa de Jesus de enviar o Consolador, o Espírito Santo, para orientá-los em toda a verdade e também dar-lhes poder para serem testemunhas dele. Jesus disse:

Mateus 25:31-34 – Quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória. E serão reunidas em sua presença todas as nações e ele separará os homens uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, e porá as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então dirá o rei aos que estiverem à sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai, recebei por herança o Reino preparado para vós desde a fundação do mundo.

Quando Jesus disse que ele viria em sua glória com seus anjos? Olhe para Mateus 24:29-34. Jesus disse:

Mateus 24:29-34 – Logo após a tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem e todas as tribos da terra baterão no peito e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e grande glória. Ele enviará os seus anjos que, ao som da grande trombeta, reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma extremidade até a outra extremidade do céu. Aprendei da figueira esta parábola: quando o seu ramo se torna tenro e as suas folhas começam a brotar, sabeis que o verão está próximo. Da mesma forma também vós, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo, às portas. Em verdade vos digo que esta geração não passará sem que tudo isso aconteça.

Jesus deu duas pistas. Era para ser imediatamente após a tribulação e antes que aquela geração passasse. A tribulação é o que ocorreu na destruição de Jerusalém em 70 DC. Jesus disse que antes alguns deles morreriam, e que após a tribulação Ele estava vindo em seu reino com os seus anjos, ele dividiria os bons dos maus de todas as nações, e os fiéis herdariam o reino eterno. No Apocalipse, João vê as coisas que brevemente devem acontecer no primeiro século. No capítulo 11 versículo 15, ele diz: E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos. Cristo veio em Seu reino eterno e espiritual nos dias daqueles reis, nos últimos dias de Judá e Jerusalém, imediatamente após a tribulação daqueles dias, (referindo-se ao cerco e a destruição de Jerusalém), antes que aquela geração passasse, e antes que alguns dos discípulos morressem. Aqueles que verdadeiramente creem Nele têm a vida eterna e se continuarem a acreditar, nunca morrerão. (João 11:25-26).

Autor: Don K. Preston - dkpret@cableone.net
Tradução: Daniel Plautz

Em João 15 Jesus disse: “Eu sou a videira, vós sois os ramos”. Esta declaração é uma das favoritos entre os pregadores, porque é usada para promover a evangelização. Afinal, Jesus disse que se alguém não dá fruto (isto é interpretado como a conversão de outros) são retirados e queimados no fogo! O problema com esta abordagem homilética é que ela ignora o contexto histórico e bíblico, a sitz em leben (situação de vida) de Jesus e seu público. E se realmente queremos saber o que Jesus estava comunicando, nunca podemos ignorar estas questões.

Para a platéia de Jesus, Israel era, e sempre tinha sido, "a vinha do Senhor!" O Senhor tinha tirado Israel do Egito como uma videira estranha, plantou-a na terra, e alimentou-a como sua vinha especial (Salmos 80:8-11). Israel é descrita como uma "videira frondosa, com muitos ramos" que, infelizmente, deu o seu fruto para outros deuses (Oséias 10:1). YHVH lamentou o fato de que Ele havia plantado Israel como uma "vide excelente, uma semente inteiramente fiel", mas ela tinha se transformado em uma planta degenerada (Jeremias 2:20). Em Isaías 5, o Senhor descreveu Israel em detalhes como Sua Vinha amada que Ele havia plantado e protegido. Mas, devido à sua infidelidade, Ele iria tirar a proteção que tinha posto e permitir que as nações entrassem e a queimasse. Isso aconteceu naturalmente, com as invasões assírias e a deportação das dez tribos do norte no século VIII aC.

A figura e o entendimento de Israel como a vinha de YHVH era tão impregnado no pensamento judaico que, na construção do magnífico templo de Herodes, "A porta do interior estava coberta de lâminas de ouro, como já disse, e os lados do muro que a acompanhavam eram dourados. Viam-se no alto ramos de videira do tamanho de um homem, de onde pendiam cachos de uva; tudo isso era de ouro” (Josefo, Guerras, Bk V: 4 Gaalya Cornfeld editor, (Grand Rapids, Zondervan, 1982) 358). Para a mentalidade judaica, portanto, Israel era a vinha! Ela era a vinha do Senhor!

A declaração de Jesus em João 15, então, quando considerada neste contexto cultural e teológico, foi simplesmente impressionante! Era revolucionária. Era subversiva!
Jesus estava redefinindo Israel! Ele estava redefinindo a própria identidade de “a terra”. Como Davies observou: "Há uma espécie de cordão umbilical entre Israel e a terra”.  (WD Davies, O Evangelho e a Terra, (Berkley, University of California Press, 1974 ). Mas, quando Jesus afirmou ser a "vinha" e declarou que aqueles que se recusassem a permanecer (habitar) "nele" seria cortado e jogado no fogo, ele estava inegável e radicalmente afirmando algo que não deveríamos perder de vista.

Como Gary Burge, em um excelente novo livro afirma: "O ponto crucial para João 15 é que Jesus está mudando o local do enraizamento de Israel. A metáfora profética comum (a terra como uma vinha, as pessoas como vinha) agora passa por uma mudança dramática. A Vinha de Deus, a terra de Israel, agora tem apenas uma videira: Jesus. O povo de Israel não pode pretender ser plantado como vinha da terra, não pode ser enraizada na vinha, a menos que eles sejam enxertados em Jesus. Outras videiras não são verdadeiras. Os Ramos que tentam viver na terra, da vinha que se recusa a ser anexada a Jesus serão expulsos (15:6)... o único meio de união à terra é através da videira, Jesus Cristo. "(Gary Burge, Jesus e a Terra, (Grand Rapids, Baker Academic, 2010). Davies constata igualmente que, em João, a discussão do núcleo da esperança de Israel resumida nas palavras ‘vida’ e ‘terra’, agora estão focadas em Cristo. "o conceito de 'vida' ou 'vida eterna' assume um papel significativo. Em nenhum momento está conectado com a terra de alguma forma. Em vez disso, está sempre centrado no próprio Jesus, que neste sentido, tornou-se "a esfera" ou "espaço" onde a vida deve ser encontrada”. (1974, 331). Em outras palavras, enquanto na aspiração nacionalista de Israel a sua esperança era a "vida na terra", em João, Jesus é apresentado como aquele que dá "vida nele!" Davies continua, "todos os conceitos tradicionais, geográficos e outros, que regem a compreensão da "vida" são diminuídos pela centralidade de Cristo." (1974, 332). 

A promessa da terra da Antiga Aliança de Deus para Israel foi cumprida como prometida. Essa promessa de Terra firme era tipológica de coisas melhores, e Cristo cumpriu o que a terra prefigurava. João 15 (e todo o novo testamento) redefine “a Vinha” e a “Terra” prometida completamente. Ele é a Vinha, É nEle que devemos habitar. O sionismo dos dias modernos e o dispensacionalismo estão equivocados em continuar a colocar o foco na terra física.

Autor: Don K Preston
Traduzido por Paulo Tiago Moreira Gonçalves

João 15: Jesus e a Terra Prometida

Em João 15 Jesus disse: “Eu sou a videira, vós sois os ramos”. Esta declaração é uma das favoritos entre os pregadores, porque é usada para promover a evangelização. Afinal, Jesus disse que se alguém não dá fruto (isto é interpretado como a conversão de outros) são retirados e queimados no fogo! O problema com esta abordagem homilética é que ela ignora o contexto histórico e bíblico, a sitz em leben (situação de vida) de Jesus e seu público. E se realmente queremos saber o que Jesus estava comunicando, nunca podemos ignorar estas questões.

Para a platéia de Jesus, Israel era, e sempre tinha sido, "a vinha do Senhor!" O Senhor tinha tirado Israel do Egito como uma videira estranha, plantou-a na terra, e alimentou-a como sua vinha especial (Salmos 80:8-11). Israel é descrita como uma "videira frondosa, com muitos ramos" que, infelizmente, deu o seu fruto para outros deuses (Oséias 10:1). YHVH lamentou o fato de que Ele havia plantado Israel como uma "vide excelente, uma semente inteiramente fiel", mas ela tinha se transformado em uma planta degenerada (Jeremias 2:20). Em Isaías 5, o Senhor descreveu Israel em detalhes como Sua Vinha amada que Ele havia plantado e protegido. Mas, devido à sua infidelidade, Ele iria tirar a proteção que tinha posto e permitir que as nações entrassem e a queimasse. Isso aconteceu naturalmente, com as invasões assírias e a deportação das dez tribos do norte no século VIII aC.

A figura e o entendimento de Israel como a vinha de YHVH era tão impregnado no pensamento judaico que, na construção do magnífico templo de Herodes, "A porta do interior estava coberta de lâminas de ouro, como já disse, e os lados do muro que a acompanhavam eram dourados. Viam-se no alto ramos de videira do tamanho de um homem, de onde pendiam cachos de uva; tudo isso era de ouro” (Josefo, Guerras, Bk V: 4 Gaalya Cornfeld editor, (Grand Rapids, Zondervan, 1982) 358). Para a mentalidade judaica, portanto, Israel era a vinha! Ela era a vinha do Senhor!

A declaração de Jesus em João 15, então, quando considerada neste contexto cultural e teológico, foi simplesmente impressionante! Era revolucionária. Era subversiva!
Jesus estava redefinindo Israel! Ele estava redefinindo a própria identidade de “a terra”. Como Davies observou: "Há uma espécie de cordão umbilical entre Israel e a terra”.  (WD Davies, O Evangelho e a Terra, (Berkley, University of California Press, 1974 ). Mas, quando Jesus afirmou ser a "vinha" e declarou que aqueles que se recusassem a permanecer (habitar) "nele" seria cortado e jogado no fogo, ele estava inegável e radicalmente afirmando algo que não deveríamos perder de vista.

Como Gary Burge, em um excelente novo livro afirma: "O ponto crucial para João 15 é que Jesus está mudando o local do enraizamento de Israel. A metáfora profética comum (a terra como uma vinha, as pessoas como vinha) agora passa por uma mudança dramática. A Vinha de Deus, a terra de Israel, agora tem apenas uma videira: Jesus. O povo de Israel não pode pretender ser plantado como vinha da terra, não pode ser enraizada na vinha, a menos que eles sejam enxertados em Jesus. Outras videiras não são verdadeiras. Os Ramos que tentam viver na terra, da vinha que se recusa a ser anexada a Jesus serão expulsos (15:6)... o único meio de união à terra é através da videira, Jesus Cristo. "(Gary Burge, Jesus e a Terra, (Grand Rapids, Baker Academic, 2010). Davies constata igualmente que, em João, a discussão do núcleo da esperança de Israel resumida nas palavras ‘vida’ e ‘terra’, agora estão focadas em Cristo. "o conceito de 'vida' ou 'vida eterna' assume um papel significativo. Em nenhum momento está conectado com a terra de alguma forma. Em vez disso, está sempre centrado no próprio Jesus, que neste sentido, tornou-se "a esfera" ou "espaço" onde a vida deve ser encontrada”. (1974, 331). Em outras palavras, enquanto na aspiração nacionalista de Israel a sua esperança era a "vida na terra", em João, Jesus é apresentado como aquele que dá "vida nele!" Davies continua, "todos os conceitos tradicionais, geográficos e outros, que regem a compreensão da "vida" são diminuídos pela centralidade de Cristo." (1974, 332). 

A promessa da terra da Antiga Aliança de Deus para Israel foi cumprida como prometida. Essa promessa de Terra firme era tipológica de coisas melhores, e Cristo cumpriu o que a terra prefigurava. João 15 (e todo o novo testamento) redefine “a Vinha” e a “Terra” prometida completamente. Ele é a Vinha, É nEle que devemos habitar. O sionismo dos dias modernos e o dispensacionalismo estão equivocados em continuar a colocar o foco na terra física.

Autor: Don K Preston
Traduzido por Paulo Tiago Moreira Gonçalves

Existem algumas palavras e expressões que simplesmente nos impressionam pelos seus significados. E, certamente não cometeremos nenhum engano, se incluirmos entre elas a palavra bíblica “Amém”. A palavra “Amém” aparece pela primeira vez no Antigo Testamento em Números 5.22 e pela última vez no Novo Testamento em Apocalipse 22.21.

Entre os seus significados, “Amém” pode ser traduzida como:

1) “Verdadeiramente, De Fato, Assim Seja”. Aqui, a palavra exprime uma afirmação certa em resposta a algo que foi dito, além de expressar também concordância com relação ao conteúdo do que foi falado.

2) Além disso, a palavra “Amém” – segundo o Talmude (Shabat 119b) – é um acrônimo formado pela primeira letra das palavras hebraicas “El Melech Neeman”, cuja tradução é: “Deus é um Rei Confiável”. Esse último significado nos traz duas lições maravilhosas:

a) “Deus é Rei”. Isso nos faz pensar no fato de que o Senhor está no trono, reinando soberanamente (1 Reis 22.19; Salmos 11.4; 45.6; 97.1; Apocalipse 20.11 etc). Deus, depois de criar todas as coisas, não entregou a Sua criação à própria sorte, deixando-a a deriva. Muito pelo contrário, o nosso Deus exerce o Seu governo e o Seu domínio sobre tudo e sobre todos, inclusive sobre a sua própria vida, leitor! Por isso, não há motivos para se preocupar, pois o nosso Rei tem em Suas mãos as rédeas da história e o controle absoluto de tudo, incluindo aqueles problemas e situações da vida que tiram a nossa paz e nos deixam apreensivos. Portanto, não se preocupe com relação a estas coisas, porque Deus está no comando da sua vida!

b) “Deus é Confiável”. Em meio a tantas incertezas e desconfianças da vida, uma coisa é certa: “Nós podemos confiar em Deus!”. Homens podem nos decepcionar, igrejas e ministérios podem nos desiludir e líderes eclesiásticos podem nos desapontar, mas o Senhor não! Jamais! O apóstolo Paulo exemplificou isso muito bem, ao dizer: “Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam (...). Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me (...) e fiquei livre da boca do leão” (2 Timóteo 4.16,17). Sendo assim, ouse confiar em Deus, pois Ele jamais irá te desapontar! 

Ora, Àquele que reina e é confiável, sejam o louvor, a majestade e o domínio para todo o sempre!

AMÉM.

Autor: Carlos Augusto Vailatti
Fonte: http://blogdovailatti.blogspot.com.br/


Os Significados da Palavra Amém

Existem algumas palavras e expressões que simplesmente nos impressionam pelos seus significados. E, certamente não cometeremos nenhum engano, se incluirmos entre elas a palavra bíblica “Amém”. A palavra “Amém” aparece pela primeira vez no Antigo Testamento em Números 5.22 e pela última vez no Novo Testamento em Apocalipse 22.21.

Entre os seus significados, “Amém” pode ser traduzida como:

1) “Verdadeiramente, De Fato, Assim Seja”. Aqui, a palavra exprime uma afirmação certa em resposta a algo que foi dito, além de expressar também concordância com relação ao conteúdo do que foi falado.

2) Além disso, a palavra “Amém” – segundo o Talmude (Shabat 119b) – é um acrônimo formado pela primeira letra das palavras hebraicas “El Melech Neeman”, cuja tradução é: “Deus é um Rei Confiável”. Esse último significado nos traz duas lições maravilhosas:

a) “Deus é Rei”. Isso nos faz pensar no fato de que o Senhor está no trono, reinando soberanamente (1 Reis 22.19; Salmos 11.4; 45.6; 97.1; Apocalipse 20.11 etc). Deus, depois de criar todas as coisas, não entregou a Sua criação à própria sorte, deixando-a a deriva. Muito pelo contrário, o nosso Deus exerce o Seu governo e o Seu domínio sobre tudo e sobre todos, inclusive sobre a sua própria vida, leitor! Por isso, não há motivos para se preocupar, pois o nosso Rei tem em Suas mãos as rédeas da história e o controle absoluto de tudo, incluindo aqueles problemas e situações da vida que tiram a nossa paz e nos deixam apreensivos. Portanto, não se preocupe com relação a estas coisas, porque Deus está no comando da sua vida!

b) “Deus é Confiável”. Em meio a tantas incertezas e desconfianças da vida, uma coisa é certa: “Nós podemos confiar em Deus!”. Homens podem nos decepcionar, igrejas e ministérios podem nos desiludir e líderes eclesiásticos podem nos desapontar, mas o Senhor não! Jamais! O apóstolo Paulo exemplificou isso muito bem, ao dizer: “Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam (...). Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me (...) e fiquei livre da boca do leão” (2 Timóteo 4.16,17). Sendo assim, ouse confiar em Deus, pois Ele jamais irá te desapontar! 

Ora, Àquele que reina e é confiável, sejam o louvor, a majestade e o domínio para todo o sempre!

AMÉM.

Autor: Carlos Augusto Vailatti
Fonte: http://blogdovailatti.blogspot.com.br/


Abordaremos neste artigo a questão do tempo em que todas as profecias escritas seriam fielmente cumpridas. Você percebe que Jesus disse o momento em que toda a profecia seria cumprida? Leia Lucas 21:22. Aqui está o contexto. Jesus estava prevendo a queda de Jerusalém, ver os versículos 5-7. Ao descrever esse evento ele disse que todas as coisas que estavam escritas deveriam ser cumpridas. Aqui estão alguns fatos interessantes.

Lucas 21:20-24 – Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação. Então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade, saiam; e os que estiverem nos campos não entrem nela. Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas. Ai das que estiverem grávidas, e das que amamentarem naqueles dias! porque haverá grande angústia sobre a terra, e ira contra este povo. E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos destes se completem.

O pré-milenista diz que a única parte do Sermão do Monte, (que é Mateus 24 e os paralelos, Marcos 13, Lucas 21), que se aplica à destruição de Jerusalém é Lucas 21.20-24. Eles insistem que o resto fala do nosso tempo, a Grande Tribulação, a restauração de Israel, etc. Porém, há um problema aqui. Quando se admite que Lucas 21:22 fala da destruição de Jerusalém no ano 70 DC, você admite que Lucas 21:32 se refere a geração do primeiro século e por consequencia você está admitindo que não há mais profecias a serem cumpridas! Jesus disse naqueles dias da queda de Israel: “todas as coisas que estão escritas devem ser cumpridas”. Quantas profecias são deixadas de fora do termo todas? Jesus não disse que todas as profecias, exceto algumas seriam cumpridas naquela época. As palavras de Jesus aqui deveriam nos fazer repensar nossos conceitos de profecia. O problema é que estamos tão acostumados a pensar em maneiras literais quando lemos sobre o fim dos tempos e etc, que não conseguimos descobrir o verdadeiro significado bíblico destas idéias. O tempo do fim, por exemplo, não é o fim dos tempos. (Na verdade, esse termo fim dos tempos não existe em qualquer tradução apropriada da Bíblia). Biblicamente, o tempo do fim, quando toda a profecia seria cumprida, foi o fim da Antiga Aliança e o pleno estabelecimento do Novo Mundo da Nova Aliança. Isto é o que as 70 semanas de Daniel dizem, e corresponde perfeitamente com o que Jesus disse sobre quando toda a profecia seria cumprida. Esse é o fim dos tempos que os discípulos perguntaram a respeito em Mateus 24:3. Quando deixamos de lado nossas idéias preconcebidas, olhamos e permitimos que a Bíblia nos diga quando tudo ia acontecer, nós estamos nos aproximando da verdade. Lucas 21:22 não é o único versículo que nos diz quando toda a profecia era para ser cumprida - e todos eles concordam com Jesus em Lucas 21:22. Quando tudo foi cumprido? Na queda de Jerusalém em 70 DC.

Autor: Don K. Preston
Tradução: Daniel Plautz

Quando Tudo Foi Cumprido

Abordaremos neste artigo a questão do tempo em que todas as profecias escritas seriam fielmente cumpridas. Você percebe que Jesus disse o momento em que toda a profecia seria cumprida? Leia Lucas 21:22. Aqui está o contexto. Jesus estava prevendo a queda de Jerusalém, ver os versículos 5-7. Ao descrever esse evento ele disse que todas as coisas que estavam escritas deveriam ser cumpridas. Aqui estão alguns fatos interessantes.

Lucas 21:20-24 – Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação. Então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade, saiam; e os que estiverem nos campos não entrem nela. Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas. Ai das que estiverem grávidas, e das que amamentarem naqueles dias! porque haverá grande angústia sobre a terra, e ira contra este povo. E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos destes se completem.

O pré-milenista diz que a única parte do Sermão do Monte, (que é Mateus 24 e os paralelos, Marcos 13, Lucas 21), que se aplica à destruição de Jerusalém é Lucas 21.20-24. Eles insistem que o resto fala do nosso tempo, a Grande Tribulação, a restauração de Israel, etc. Porém, há um problema aqui. Quando se admite que Lucas 21:22 fala da destruição de Jerusalém no ano 70 DC, você admite que Lucas 21:32 se refere a geração do primeiro século e por consequencia você está admitindo que não há mais profecias a serem cumpridas! Jesus disse naqueles dias da queda de Israel: “todas as coisas que estão escritas devem ser cumpridas”. Quantas profecias são deixadas de fora do termo todas? Jesus não disse que todas as profecias, exceto algumas seriam cumpridas naquela época. As palavras de Jesus aqui deveriam nos fazer repensar nossos conceitos de profecia. O problema é que estamos tão acostumados a pensar em maneiras literais quando lemos sobre o fim dos tempos e etc, que não conseguimos descobrir o verdadeiro significado bíblico destas idéias. O tempo do fim, por exemplo, não é o fim dos tempos. (Na verdade, esse termo fim dos tempos não existe em qualquer tradução apropriada da Bíblia). Biblicamente, o tempo do fim, quando toda a profecia seria cumprida, foi o fim da Antiga Aliança e o pleno estabelecimento do Novo Mundo da Nova Aliança. Isto é o que as 70 semanas de Daniel dizem, e corresponde perfeitamente com o que Jesus disse sobre quando toda a profecia seria cumprida. Esse é o fim dos tempos que os discípulos perguntaram a respeito em Mateus 24:3. Quando deixamos de lado nossas idéias preconcebidas, olhamos e permitimos que a Bíblia nos diga quando tudo ia acontecer, nós estamos nos aproximando da verdade. Lucas 21:22 não é o único versículo que nos diz quando toda a profecia era para ser cumprida - e todos eles concordam com Jesus em Lucas 21:22. Quando tudo foi cumprido? Na queda de Jerusalém em 70 DC.

Autor: Don K. Preston
Tradução: Daniel Plautz

Tanto Jesus quanto Paulo predisseram uma grande apostasia. A razão deste estudo é muito importante, pois a apostasia deveria ser um sinal da vinda do Senhor - quando a apostasia estivesse no auge, o Senhor estaria para vir. Em Mateus 24:10-12 Jesus indicou que a apostasia seria universal! 

No versículo 10, ele disse que "muitos seriam escandalizados" por causa da perseguição. No versículo 11 ele disse que falsos profetas "enganariam a muitos". Em seguida, no versículo 12, ele disse que a iniqüidade aumentaria de tal modo que o amor de muitos esfriaria. Observe o Senhor disse que a "maioria" das pessoas perderia a sua fé. Uma apostasia terrível. Lucas 18:8 apóia isto. Jesus perguntou: “Contudo quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?”

Jesus estava dizendo que haveria poucos que realmente se manteriam fiéis. A maioria dos cristãos, então, deixaria à fé por causa da perseguição, falsos mestres, iniquidades, etc. A questão é: A apostasia é futura ou não? 

Em 2 Tessalonicenses 2:7 Paulo disse que o espírito da iniqüidade já estava operando quando ele escreveu. Em Mateus 24:34 Jesus disse que os acontecimentos iriam ocorrer naquela geração (primeiro século). Agora, muitos tentam redefinir a palavra geração como "raça de pessoas" tornando assim o cumprimento futuro. Mas esta é uma violação do significado da palavra e do contexto. Quando o termo "esta geração" é usado na Bíblia nunca se refere a uma raça específica de pessoas e nunca se refere a um futuro distante - refere-se a todas as pessoas que vivem naquele momento. 

A apostasia estava para ocorrer na geração de Jesus. O registro do Novo Testamento confirma isso. Romanos lida com grandes problemas dentro do corpo, Romanos 16:17. Da mesma forma os Coríntios. Paulo, escrevendo a todas as igrejas da Galácia, disse: “Estou admirado de que tão depressa estejais desertando daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho”, (Gl. 1:6). Colossenses lida com judaizantes tentando "apostatar" os cristãos da sua fé e recompensa. Filipenses alerta para "os inimigos da Cruz". Todos familiarizados com as cartas aos Tessalonicenses sabem da profunda preocupação de Paulo para com a fé daquela comunidade. Paulo instruiu Timóteo, em duas epístolas, para lidar com os ímpios que iriam destruir os fiéis. Hebreus é uma apologética para conter a onda daqueles "uma vez iluminados", mas agora caídos (Hb 6:4). Judas diz que os escarnecedores preditos por Jesus estavam presentes. João lamentou que "muitos falsos profetas têm saído pelo mundo" (1 Jo.4:1) e falou que muitos deles "Saíram dentre nós" (1 Jo. 2:19). O testemunho ininterrupto das epístolas e dos escritores inspirados tentando conter a onda de apostasia e incentivando a fidelidade demonstra que a Grande Apostasia aconteceu na geração do primeiro século, assim como Jesus disse que seria! Posto que a apostasia ocorreu quando Jesus predisse que ia ocorrer, e a apostasia era um sinal da Sua vinda, então a vinda dele ocorreu naquela geração junto com a apostasia.

Autor: Don K. Preston
Tradução: Daniel Plautz

A Grande Apostasia - Mateus 24

Tanto Jesus quanto Paulo predisseram uma grande apostasia. A razão deste estudo é muito importante, pois a apostasia deveria ser um sinal da vinda do Senhor - quando a apostasia estivesse no auge, o Senhor estaria para vir. Em Mateus 24:10-12 Jesus indicou que a apostasia seria universal! 

No versículo 10, ele disse que "muitos seriam escandalizados" por causa da perseguição. No versículo 11 ele disse que falsos profetas "enganariam a muitos". Em seguida, no versículo 12, ele disse que a iniqüidade aumentaria de tal modo que o amor de muitos esfriaria. Observe o Senhor disse que a "maioria" das pessoas perderia a sua fé. Uma apostasia terrível. Lucas 18:8 apóia isto. Jesus perguntou: “Contudo quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?”

Jesus estava dizendo que haveria poucos que realmente se manteriam fiéis. A maioria dos cristãos, então, deixaria à fé por causa da perseguição, falsos mestres, iniquidades, etc. A questão é: A apostasia é futura ou não? 

Em 2 Tessalonicenses 2:7 Paulo disse que o espírito da iniqüidade já estava operando quando ele escreveu. Em Mateus 24:34 Jesus disse que os acontecimentos iriam ocorrer naquela geração (primeiro século). Agora, muitos tentam redefinir a palavra geração como "raça de pessoas" tornando assim o cumprimento futuro. Mas esta é uma violação do significado da palavra e do contexto. Quando o termo "esta geração" é usado na Bíblia nunca se refere a uma raça específica de pessoas e nunca se refere a um futuro distante - refere-se a todas as pessoas que vivem naquele momento. 

A apostasia estava para ocorrer na geração de Jesus. O registro do Novo Testamento confirma isso. Romanos lida com grandes problemas dentro do corpo, Romanos 16:17. Da mesma forma os Coríntios. Paulo, escrevendo a todas as igrejas da Galácia, disse: “Estou admirado de que tão depressa estejais desertando daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho”, (Gl. 1:6). Colossenses lida com judaizantes tentando "apostatar" os cristãos da sua fé e recompensa. Filipenses alerta para "os inimigos da Cruz". Todos familiarizados com as cartas aos Tessalonicenses sabem da profunda preocupação de Paulo para com a fé daquela comunidade. Paulo instruiu Timóteo, em duas epístolas, para lidar com os ímpios que iriam destruir os fiéis. Hebreus é uma apologética para conter a onda daqueles "uma vez iluminados", mas agora caídos (Hb 6:4). Judas diz que os escarnecedores preditos por Jesus estavam presentes. João lamentou que "muitos falsos profetas têm saído pelo mundo" (1 Jo.4:1) e falou que muitos deles "Saíram dentre nós" (1 Jo. 2:19). O testemunho ininterrupto das epístolas e dos escritores inspirados tentando conter a onda de apostasia e incentivando a fidelidade demonstra que a Grande Apostasia aconteceu na geração do primeiro século, assim como Jesus disse que seria! Posto que a apostasia ocorreu quando Jesus predisse que ia ocorrer, e a apostasia era um sinal da Sua vinda, então a vinda dele ocorreu naquela geração junto com a apostasia.

Autor: Don K. Preston
Tradução: Daniel Plautz

As conquistas de Alexandre, o Grande, a partir de 334 aC, quando ele desembarcou em Trôade, até sua morte na Babilônia, em 323, resume a época da introdução do pensamento grego em terras bíblicas. Suas conquistas transformaram a vida no Oriente Próximo, e a cultura helenística se espalhou rapidamente através de todos esses países. O grego koiné (ver “manuscritos e versões antigas”) tornou-se mesmo a língua dos judeus, porque Alexandre era um conquistador grego. O comércio internacional progrediu vigorosamente sob o novo clima cultural e político.

Ptolomeu Filadelfo (285-246) é creditado pela iniciativa na formação da grande biblioteca de Alexandria e por impulsionar a tradução das Escrituras judaicas para o grego. Esta tradução é a que chamamos de Septuaginta (ver "manuscritos e versões antigas"), provavelmente o trabalho começou em Alexandria e foi concluído na mesma região. Esta não foi a primeira tradução das Escrituras – as versões aramaica e samaritana tinham sido feitas anteriormente, mas depois daí por diante a tradução e cópia da Bíblia tornou-se tarefa comum culminando em uma gigantesca corrente de reprodução no século XX DC.; em muitas línguas (ver Anexo 11). A Septuaginta também incluiu os apócrifos da Bíblia hebraica: os livros dos Macabeus, Tobias e Judite, adições a Daniel e Ester, o Livro de Baruch e a epístola de Jeremias, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico. (Quanto aos Apócrifos ver "primeiros fatos sobre a Bíblia", a seção sobre o cânone) Alguns destes livros podem ser traduções do original hebraico ou aramaico; fragmentos de textos apócrifos em várias línguas foram recentemente descobertos na região Mar Morto.

Os Selêucidas

Depois de Alexandre, os Ptolomeus do Egito dominaram a Judéia, e depois deles os selêucidas de Antioquia, na Síria tomaram conta do país. Sua dominação começou em 198 aC, quando Antíoco, o Grande, derrotou os egípcios. Os selêucidas impuseram a cultura grega. Antíoco IV Epifânio (175-164 aC), dedicou o Segundo Templo de Jerusalém ao Zeus Olímpico em 167 aC. Alguns não resistiram, mas os judeus ortodoxos, liderados por Judas Macabeus (“um como um martelo”) e seus irmãos, que pertenciam à família sacerdotal dos Hasmoneus (Azmon era um antepassado dos Macabeus), se rebelaram.

Suas campanhas contra os sírios tiveram êxito e o Templo foi purificado em 164 aC (Origem da festa de Hanukkah). Que os Macabeus lutaram pela independência nacional se revela nos campos de refugiados, acampamentos e fortes descobertos pelos arqueólogos. Quando os judeus da Palestina se tornaram independentes, os selêucidas tiveram que desempenhar um papel mais submisso. Judas morreu em 160 aC mas os Hasmoneans governaram até 40 aC, durando assim mais que os selêucidas, que chegaram a seu fim definitivo quando Pompeu converteu a Síria em uma província romana em 63 aC. Os hasmoneus estenderam suas fronteiras até que, sob Alexandre Janeu (103-76 aC), passaram a dominar quase toda a Palestina.

Os livros dos Macabeus (parte dos apócrifos) Josefo e arqueologia (especialmente numismática) nos contam a história do período selêucida. As moedas revelam a unidade e aspirações dos Hasmoneus, que a princípio foram reconhecidos apenas como sumos sacerdotes e governantes dos judeus, mas, a partir de Aristóbulo (104-103 aC), assumiram o título de reis, apesar da vigorosa oposição dos fariseus.

Os Hasmoneus

A origem do Hasmoneus indicada no parágrafo anterior. Conforme foram extendendo suas conquistas territoriais tornaram-se mais crueis, porém se enfraqueceram por crescentes divisões políticas e religiosas. Os saduceus, aristocracia de filiação partidária, teriam uma atitude liberal e veriam com bons olhos o ajuste aos novos tempos. Os fariseus ("separados"), no entanto, levantaram-se em oposição a Alexandre Janeu, e buscaram o isolamento na vida nacional, defenderam o ascetismo e acusaram os governantes da época de interferir com o cumprimento da promessa de Deus através da casa de Davi. Os fariseus se rebelaram, e Alexandre Janeu conseguiu sufocar a rebelião, mas com grande dificuldade. Cerca de 800 fariseus foram crucificados e milhares de pessoas fugiram do país. Em seu leito de morte, Alexandre disse a sua rainha (Salomé), que havia de governar depois dele, que ela devia fazer todo o possível para fazer a paz com os fariseus. Nos dez anos em que governou (76-67 aC), os fariseus eram muito influentes. A Rainha Alexandra Salomé nomeou como sumo sacerdote seu filho mais velho, Hircano. Quando ela morreu, um filho mais jovem, Aristóbulo, tentou se tornar rei, mas não conseguiu.

Herodes, o Grande

Estas divisões e problemas produziram um enfraquecimento interno, e finalmente a dinastia dos Hasmoneus caiu, depois que Herodes, o Grande, tornou-se rei da Palestina em 37 aC. Roma, então, manipulou com grande empenho as questões dos judeus. Herodes se casou com Mariana, Neta de Hircano,  sábia manobra política que o ligava à família dos Hasmoneus. Ao longo do tempo, Herodes cobriu mais território, de modo que dominou tanto a Judeia como regiões não judias. Foi um grande construtor e reconstruiu o templo. Mas, mesmo assim, seu comportamento perverso (como o assassinato de sua esposa Mariana) só serviu para realçar sua má imagem. Em seu testamento,  Herodes nomeou rei seu filho Arquelau; a outro filho - Herodes Antipas - nomeou tetrarca da Galiléia e Perea; à um terceiro – Felipe – o deixou por tetrarca da Transjordânia do norte e além. O imperador Augusto confirmou a nomeação de Arquelau como rei. Em vez disso, o primeiro foi "etnarca", título apenas um pouco superior ao de "tetrarca". Arquelau reinou nove anos, após o qual o imperador o deportou para Gália 6 aC. Seu território foi colocado nas mãos de um governador romano que viveu em Cesaréia, o novo governador era subordinado ao governador da Síria, e foi chamado de "procurador". Pôncio Pilatos, que ocupou esse cargo em 26-36, foi o quinto dos procuradores.

Escrito por Donald E. Demaray
Traduzido por Paulo Tiago Moreira Gonçalves

O Período Entre os Dois Testamentos

As conquistas de Alexandre, o Grande, a partir de 334 aC, quando ele desembarcou em Trôade, até sua morte na Babilônia, em 323, resume a época da introdução do pensamento grego em terras bíblicas. Suas conquistas transformaram a vida no Oriente Próximo, e a cultura helenística se espalhou rapidamente através de todos esses países. O grego koiné (ver “manuscritos e versões antigas”) tornou-se mesmo a língua dos judeus, porque Alexandre era um conquistador grego. O comércio internacional progrediu vigorosamente sob o novo clima cultural e político.

Ptolomeu Filadelfo (285-246) é creditado pela iniciativa na formação da grande biblioteca de Alexandria e por impulsionar a tradução das Escrituras judaicas para o grego. Esta tradução é a que chamamos de Septuaginta (ver "manuscritos e versões antigas"), provavelmente o trabalho começou em Alexandria e foi concluído na mesma região. Esta não foi a primeira tradução das Escrituras – as versões aramaica e samaritana tinham sido feitas anteriormente, mas depois daí por diante a tradução e cópia da Bíblia tornou-se tarefa comum culminando em uma gigantesca corrente de reprodução no século XX DC.; em muitas línguas (ver Anexo 11). A Septuaginta também incluiu os apócrifos da Bíblia hebraica: os livros dos Macabeus, Tobias e Judite, adições a Daniel e Ester, o Livro de Baruch e a epístola de Jeremias, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico. (Quanto aos Apócrifos ver "primeiros fatos sobre a Bíblia", a seção sobre o cânone) Alguns destes livros podem ser traduções do original hebraico ou aramaico; fragmentos de textos apócrifos em várias línguas foram recentemente descobertos na região Mar Morto.

Os Selêucidas

Depois de Alexandre, os Ptolomeus do Egito dominaram a Judéia, e depois deles os selêucidas de Antioquia, na Síria tomaram conta do país. Sua dominação começou em 198 aC, quando Antíoco, o Grande, derrotou os egípcios. Os selêucidas impuseram a cultura grega. Antíoco IV Epifânio (175-164 aC), dedicou o Segundo Templo de Jerusalém ao Zeus Olímpico em 167 aC. Alguns não resistiram, mas os judeus ortodoxos, liderados por Judas Macabeus (“um como um martelo”) e seus irmãos, que pertenciam à família sacerdotal dos Hasmoneus (Azmon era um antepassado dos Macabeus), se rebelaram.

Suas campanhas contra os sírios tiveram êxito e o Templo foi purificado em 164 aC (Origem da festa de Hanukkah). Que os Macabeus lutaram pela independência nacional se revela nos campos de refugiados, acampamentos e fortes descobertos pelos arqueólogos. Quando os judeus da Palestina se tornaram independentes, os selêucidas tiveram que desempenhar um papel mais submisso. Judas morreu em 160 aC mas os Hasmoneans governaram até 40 aC, durando assim mais que os selêucidas, que chegaram a seu fim definitivo quando Pompeu converteu a Síria em uma província romana em 63 aC. Os hasmoneus estenderam suas fronteiras até que, sob Alexandre Janeu (103-76 aC), passaram a dominar quase toda a Palestina.

Os livros dos Macabeus (parte dos apócrifos) Josefo e arqueologia (especialmente numismática) nos contam a história do período selêucida. As moedas revelam a unidade e aspirações dos Hasmoneus, que a princípio foram reconhecidos apenas como sumos sacerdotes e governantes dos judeus, mas, a partir de Aristóbulo (104-103 aC), assumiram o título de reis, apesar da vigorosa oposição dos fariseus.

Os Hasmoneus

A origem do Hasmoneus indicada no parágrafo anterior. Conforme foram extendendo suas conquistas territoriais tornaram-se mais crueis, porém se enfraqueceram por crescentes divisões políticas e religiosas. Os saduceus, aristocracia de filiação partidária, teriam uma atitude liberal e veriam com bons olhos o ajuste aos novos tempos. Os fariseus ("separados"), no entanto, levantaram-se em oposição a Alexandre Janeu, e buscaram o isolamento na vida nacional, defenderam o ascetismo e acusaram os governantes da época de interferir com o cumprimento da promessa de Deus através da casa de Davi. Os fariseus se rebelaram, e Alexandre Janeu conseguiu sufocar a rebelião, mas com grande dificuldade. Cerca de 800 fariseus foram crucificados e milhares de pessoas fugiram do país. Em seu leito de morte, Alexandre disse a sua rainha (Salomé), que havia de governar depois dele, que ela devia fazer todo o possível para fazer a paz com os fariseus. Nos dez anos em que governou (76-67 aC), os fariseus eram muito influentes. A Rainha Alexandra Salomé nomeou como sumo sacerdote seu filho mais velho, Hircano. Quando ela morreu, um filho mais jovem, Aristóbulo, tentou se tornar rei, mas não conseguiu.

Herodes, o Grande

Estas divisões e problemas produziram um enfraquecimento interno, e finalmente a dinastia dos Hasmoneus caiu, depois que Herodes, o Grande, tornou-se rei da Palestina em 37 aC. Roma, então, manipulou com grande empenho as questões dos judeus. Herodes se casou com Mariana, Neta de Hircano,  sábia manobra política que o ligava à família dos Hasmoneus. Ao longo do tempo, Herodes cobriu mais território, de modo que dominou tanto a Judeia como regiões não judias. Foi um grande construtor e reconstruiu o templo. Mas, mesmo assim, seu comportamento perverso (como o assassinato de sua esposa Mariana) só serviu para realçar sua má imagem. Em seu testamento,  Herodes nomeou rei seu filho Arquelau; a outro filho - Herodes Antipas - nomeou tetrarca da Galiléia e Perea; à um terceiro – Felipe – o deixou por tetrarca da Transjordânia do norte e além. O imperador Augusto confirmou a nomeação de Arquelau como rei. Em vez disso, o primeiro foi "etnarca", título apenas um pouco superior ao de "tetrarca". Arquelau reinou nove anos, após o qual o imperador o deportou para Gália 6 aC. Seu território foi colocado nas mãos de um governador romano que viveu em Cesaréia, o novo governador era subordinado ao governador da Síria, e foi chamado de "procurador". Pôncio Pilatos, que ocupou esse cargo em 26-36, foi o quinto dos procuradores.

Escrito por Donald E. Demaray
Traduzido por Paulo Tiago Moreira Gonçalves